31 julho 2014

Artigos de leitura Obrigatória


 
 
Divulgamos, neste Blog, um conjunto de artigos de grande qualidade cujo autor é o investigador João Areosa do Centro de Investigação em Ciências Sociais da Universidade do Minho.

Ø As perceções de riscos ocupacionais no setor ferroviário
Ø O contributo das ciências sociais para a análise de acidentes maiores: dois modelos em confronto
Ø Acidentes de trabalho - uma abordagem sociológica
Ø Do risco ao acidente: que possibilidades para a prevenção
Ø Riscos ocupacionais da imagiologia - Estudo de caso num hospital português
Ø O risco nas ciências sociais: uma visão crítica ao paradigma dominante
Ø As perceções dos riscos dos trabalhadores: qual a sua importância para a prevenção de acidentes de trabalho?
Ø A importância das perceções de riscos dos trabalhadores
Ø Acidentes de trabalho - uma perspetiva epistemológica
Ø Christophe Dejours e a Psicodinâmica do Trabalho
Ø Quando a imagem é profissão: profissões da imagiologia em contexto hospitalar
Ø O risco no âmbito da teoria social: quatro perspectivas em debate
Ø A regulação da participação dos trabalhadores em segurança e saúde no trabalho na negociação coletiva: uma oportunidade perdida?
Ø A Psicodinâmica do Trabalho: Reflexões sobre a qualidade de vida no trabalho
Ø Acidentes de trabalho - o visível e o invisível na realidade portuguesa
Ø Segurança Comportamental
Ø Sociedade dos riscos emergentes
Ø Os efeitos do trabalho na saúde mental - Uma análise a partir da psicodinâmica do trabalho
Ø O lado obscuro dos acidentes de trabalho: um estudo de caso no setor ferroviário ( manual)

 

Consulte os artigos Aqui.
 
 

28 julho 2014

Amianto. Bruxelas exige saber o que faz Portugal para proteger os funcionários públicos


E a saga Amianto continua.....


O governo vai ter de esclarecer quais são os riscos para os funcionários públicos e como tenciona protegê-los da exposição ao amianto

A Comissão Europeia quer saber junto do Governo que medidas estão a ser tomadas para proteger os funcionários públicos da exposição ao amianto nos edifícios.

As explicações foram solicitadas depois da Quercus ter apresentado uma queixa a Bruxelas em que denuncia falta de vigilância sobre os trabalhadores do Estado.

A Comissão Europeia defende, numa resposta à associação, que o Governo português tem a obrigação de avaliar os riscos da exposição ao amianto nos edifícios públicos e proteger os trabalhadores, e vai questionar o executivo acerca do assunto. "A Quercus já obteve a resposta que confirma haver uma obrigatoriedade por parte de uma diretiva comunitária relativamente à proteção dos trabalhadores aos riscos de exposição ao amianto".

A Quercus alertou ontem para a falta de vigilância dos funcionários públicos expostos ao amianto, através da medicina do trabalho, e vai pedir o apoio junto dos sindicatos para tentar resolver o problema.

"Temos verificado que o facto de estarem expostos a amianto não tem sido considerado em termos de saúde ocupacional, com qualquer vigilância médica", alerta representante da Quercus, apontando os exemplos dos edifícios da Direção Geral de Energia, da Biblioteca Nacional ou do IVA. Estes são imóveis do Estado, "de onde se retirou amianto e se sabe que o amianto estava em locais onde as pessoas estavam a trabalhar", acrescentou.

Segundo a Quercus, em qualquer destes três edifícios, em termos de saúde ocupacional, "não houve qualquer avaliação ou preocupação em considerar uma avaliação em termos de diagnóstico ou prevenção" da parte do empregador, ou seja, do Estado. Naqueles três edifícios em concreto, a associação defende que "há um défice de apoio», mas acrescentou não saber se da parte do empregador ou por falta de sensibilização dos médicos de saúde ocupacional: "Verificamos que estes trabalhadores não têm indicação de vigilância médica por exposição a amianto."

 Fonte: ionline
Aceda à notícia na íntegra Aqui.
 
 

24 julho 2014

Detetado Trabalho não declarado no Alto Alentejo


 
Os inspetores do trabalho do Centro Local do Alto Alentejo (CLAA) da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), realizaram uma ação inspetiva nos dias 1 e 3 de Julho a 8 entidades empregadoras de diversos setores de atividade, visando o combate ao trabalho não declarado e a verificação das condições de segurança e saúde dos trabalhadores.  

Na referida ação, foram identificados 46 trabalhadores, dos quais 6 encontravam-se não declarados à segurança social.

Dos procedimentos de ação inspetiva adotados pelos inspetores do trabalho destacam-se 8 notificações para apresentação de documentos, 17 autos de advertência, 7 autos de notícia e 1 notificação para apuramento de quantias em dívida.

O combate ao trabalho não declarado e a promoção da segurança e saúde dos trabalhadores constituem dois objetivos nucleares da ACT, cuja missão consiste na promoção da melhoria das condições do trabalho.

Fonte: Site da ACT

Relembramos que a ACT tem em curso uma Campanha para Combater o Trabalho Não Declarado, uma das principais prioridades na atualidade, desta entidade fiscalizadora nacional.

Artigo: Fatores Psicossociais de Risco no Trabalho: Lições Aprendidas e Novos Caminhos


“O reconhecimento dos riscos psicossociais como um dos desafios para a segurança e saúde no trabalho implica que se perceba qual o peso desses riscos na saúde dos trabalhadores, qual a abordagem mais eficaz desta temática e de que forma se pode intervir nas situações de trabalho para criar condições que permitam a sua gestão, com vista a uma melhor saúde, segurança e bem-estar.”

Temos a ideia que em Portugal não se faz investigação sobre as questões da Segurança e Saúde no Trabalho, no entanto, vão surgindo alguns trabalhos de relevância, a exemplo este que divulgamos neste Blog.

Duas investigadoras da Universidade do Porto - Lúcia Simões Costa e Marta Santos - redigem um artigo no International Journal on Working Conditions no qual realizam uma revisão sistemática da literatura sobre a temática dos riscos psicossociais.

 A pesquisa foi realizada de acordo com os seguintes critérios: estudos sobre a definição, identificação, causam e tipo de riscos psicossociais, sua existência ou prevalência; estudos realizados, em populações trabalhadoras, de medição, ou avaliação de riscos psicossociais e estudos de relação dos riscos psicossociais com variáveis sociodemográficas, atividade profissional e condições de trabalho.

Transcrevemos o Resumo deste artigo.

“ Resumo: Os fatores psicossociais de risco no trabalho podem ser agrupados em seis dimensões: intensidade do trabalho e tempo de trabalho; exigências emocionais; falta/insuficiência de autonomia; má qualidade das relações sociais no trabalho; conflitos de valores e insegurança na situação de trabalho/emprego. Embora os riscos psicossociais sejam um desafio para a segurança e saúde no trabalho, é pertinente questionar o seu peso, nesse âmbito. Assim, apresentamos uma revisão sistemática da literatura acerca destes riscos, a identificação dos instrumentos utilizados na sua avaliação e os resultados que os mesmos permitem constatar. Através da análise realizada encontrámos abordagens diferentes dos riscos psicossociais, da sua avaliação e teorização. Constatámos a necessidade de pesquisas qualitativas que complementem a, frequente, utilização de instrumentos quantitativos e permitam uma maior profundidade dos dados, a aproximação ao terreno e à realidade dos trabalhadores e evitem o efeito de desejabilidade social. Verificámos, também, a necessidade de perspetivar soluções de avaliação e intervenção, tanto a nível individual como coletivo. Como implicação futura destaca-se a importância de estudar os fatores que estão na origem dos riscos psicossociais e cuja presença possa ser atempadamente detetada, bem como, a criação de ferramentas ao serviço da intervenção e transformação das condições de trabalho. “

Publicação Algumas Orientações para a Avaliação dos Riscos Psicossociais


E porque a problemática dos riscos psicossociais encontra-se na ordem do dia, divulgamos no nosso Blog uma publicação de enfoque sindical sobre esta temática.

Tal divulgação é espanhola, da autoria do INSHT – Instituto Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho em Espanha, que publicou este documento com orientações para a avaliação de fatores de risco psicossocial.

São definidas as seguintes fases para a avaliação:

Fase 1. Identificação dos fatores de risco

Fase 2. Escolha da metodologia, técnicas e instrumentos

Fase 3. Planeamento e realização de trabalho de pesquisa

Fase 4. Análise e processamento de resultados

Fase 5. Desenvolvimento e implementação de um programa de Intervenção

Fase 6. Monitorização e controle de medidas tomadas

Faculta, ainda, pistas e fontes de informação úteis para se proceder à correta avaliação de riscos, explicando de uma forma simples e objetiva todos os procedimentos a ter em conta.

Recomendamos, pois, neste Blog a leitura desta publicação.

Aceda ao documento Aqui.

 

23 julho 2014

DGS disponibiliza lista de médicos autorizados transitoriamente a exercer medicina do trabalho




Nos termos do n.º 3 do art.º 103.º da Lei n.º 102/2009 de 10 de setembro, alterada pela Lei n.º 3/2014 de 28 de fevereiro, em caso de insuficiência comprovada de médicos do trabalho qualificados, o organismo competente responsável pela área da saúde pode autorizar outros licenciados em Medicina a exercer as respetivas funções, os quais no prazo de 4 anos, a contar da respetiva autorização, devem apresentar prova da obtenção da especialidade em medicina do trabalho, sob pena de lhes ser vedada a continuação do exercício das referidas funções. 

Foi publicada recentemente pela Direção Geral da Saúde (DGS) uma lista de médicos autorizados a exercer Medicina do Trabalho nos moldes acima referidos.

Mais Informações Aqui.

22 julho 2014

Prémios de Boas Práticas em Segurança e Saúde no Trabalho


 
Foi recentemente divulgada a abertura de concurso para a atribuição de Prémios Europeus de Boas Práticas em SST no âmbito da nova Campanha Europeia para a SST “Locais de trabalho saudáveis contribuem para a gestão do stresse”.

Participar nos Prémios de Boas Práticas é uma excelente forma de participação nesta Campanha. O concurso pode igualmente servir como uma grande fonte de motivação para os esforços de melhoria da Segurança e Saúde no Trabalho.

Os Prémios de 2014-2015 irão distinguir organizações/empresas que demonstrem um forte empenho e uma abordagem participativa na gestão do stresse e dos riscos psicossociais no trabalho, reconhecendo os contributos inovadores para a segurança e a saúde no trabalho e visam dar a conhecer os benefícios da adoção de boas práticas em matéria de SST.

Os candidatos devem demonstrar:

•uma gestão efetiva com a participação dos trabalhadores que promova o tema da campanha;

•a concretização com êxito das intervenções e a obtenção de resultados demonstráveis no que respeita à melhoria da segurança e da saúde no trabalho;

•o caráter transferível e sustentável das intervenções.

Visite a secção Prémios Europeus de Boas Práticas EU-OSHA 2014-2015 no Site da EU-OSHA.

21 julho 2014

Sociedade dos riscos emergentes




No decorrer do nosso Post de 16 de julho, divulgamos neste Blog o capitulo 1 - Sociedade dos riscos emergentes – do Manual sobre Riscos Psicossociais no Trabalho - João Areosa e Hernâni Veloso Neto.

Transcreve-se, seguidamente, o 1.º parágrafo deste artigo, sugerindo a sua leitura na íntegra.

“1. Riscos emergentes

O presente texto cumpre o intuito de enquadrar a problemática dos riscos psicossociais no trabalho enquanto riscos emergentes, procurando fornecer pistas explicativas para o que se acredita ser uma tendência contemporânea de atribuição de visibilidade a determinados riscos ocupacionais. É um fenómeno que, em grande parte, pode ser explicado pela mobilização dos quadros teóricos da sociedade do risco e da amplificação social risco, nomeadamente através da análise do papel assumido pela ciência e pelos amplificadores sociais no incremento do conhecimento e do debate público sobre fatores de risco e níveis de exposição populacional. A tipificação assumida como título do texto visa precisamente dar ênfase a essa premissa dos contextos sociais atuais como sociedade dos riscos emergentes. Favorece a condensação dos pontos de vista que serão explorados e a explicitação dos pressupostos que sustentam e podem orientar a navegação pela reflexão apresentada.”

Agradecemos, ainda, aos autores a sua divulgação.

Consulte Aqui.

Sinistralidade laboral


 
De acordo com a ACT registaram-se, no nosso país, 56 acidentes de trabalho mortais e 118 acidentes de trabalho graves.
 
As estatísticas sobre acidentes de trabalho, aqui apresentadas, referem-se apenas aos acidentes de trabalho graves e mortais objeto de ação inspetiva no âmbito da atuação da ACT.

[informação atualizada a 8 de julho de 2014]

Sinistralidade Laboral Mortal

Tipo de acidente
2012
2013
2014
Nas instalações
116
92
41
In itinere
16
23
6
Em viagem, transporte ou circulação
17
26
9
Total
149
141
56

Fonte: Site da ACT

Acidentes de Trabalho Graves   

Tipo de acidente
2014
Nas instalações
112
In itinere
2
Em viagem, transporte ou circulação
4
Total
118

Fonte: Site da ACT

18 julho 2014

Assédio Moral em Ambiente Hospitalar


 

O Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações, Instituto Superior de Economia e Gestão, encontra-se a realizar um Estudo sobre o Assédio Moral em Ambiente hospitalar. 

No sentido de contribuir para um maior nível de consciencialização relativamente a este risco laboral de natureza psicossocial, o Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações está a realizar um estudo em ambiente hospitalar e solicita colaboração para o preenchimento e divulgação de um Questionário, principal instrumento de pesquisa deste projeto de investigação.

O objetivo deste estudo é conhecer a realidade relativamente à incidência deste risco nos hospitais dos principais centros urbanos de Portugal Continental, aspeto fundamental na medida em que não existe no nosso país de nenhum estudo neste sector.

 Pretende-se, pois, medir o nível de incidência de assédio moral, comportamentos mais frequentes e grupos de riscos; adicionalmente pretende-se averiguar em que medida este fenómeno é percecionado como um conflito, ou seja pretende-se conhecer melhor a natureza deste conceito.

Tendo em conta que consideramos da maior importância a investigação sobre esta problemática, não hesitamos em divulgar, neste Blog, este Estudo, bem como o questionário, para o qual se solicita colaboração.

Aceda ao Questionário Aqui.

16 julho 2014

Manual sobre Riscos Psicossociais no Trabalho


 
No decurso do Fórum RICOT 2014, a decorrer no próximo dia 17 de julho em Lisboa, será lançado um livro com a designação “Manual sobre Riscos Psicossociais no Trabalho”. É editado por Hernâni Veloso Neto, João Areosa e Pedro Arezes, e conta com a participação de diversas/os autoras/es.
 
" Os efeitos do trabalho sobre a saúde mental são ainda um campo relativamente pouco explorado, apesar que já existirem algumas décadas de investigação sobre esta temática. Na realidade, estamos ainda longe de conhecer o verdadeiro alcance e influência que o trabalho nos pode provocar, quer seja nos benefícios que oferece, quer seja nos aspetos prejudiciais que suscita, quer ainda, como um misto de ambas as situações. Talvez, na maioria das vezes, o trabalho implique isso mesmo: um misto entre aspetos positivos e negativos.
 
Obviamente que a saúde mental depende de múltiplos fatores, os quais podem ser variáveis de pessoa para pessoa. Por isso, uma determinada situação pode ser entendida ou sentida como negativa para determinados indivíduos e, pelo contrário, pode ser vista como positiva para outros. Naturalmente que isto acaba por complexificar bastante a forma como podemos interpretar aquilo que influi na saúde mental.”
 
Os efeitos do trabalho na saúde mental: uma análise a partir da psicodinâmica do trabalho
João Areosa
 
De seguida disponibiliza-se o índice do livro, bem como os resumos das comunicações / capítulos que o compõem.

Aceda Aqui.

Campanha Nacional Contra o Trabalho Não Declarado


 
A ACT lançou ontem, uma nova Campanha, desta vez Contra o Trabalho não Declarado.

O trabalho não declarado em Portugal representava cerca de 19,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, acima da média europeia de 18,4%, segundo dados ontem divulgados pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

O trabalho não declarado tem efeitos económicos e sociais com impacto na economia nacional, na medida em que diminui as receitas fiscais e da segurança social.

As consequências do trabalho não declarado impõem a necessidade de sensibilizar e consciencializar a opinião pública, em geral, e os trabalhadores e empregadores, em particular, quanto aos seus riscos e aos efeitos positivos da declaração de todos os contratos celebrados e pagamento integral das contribuições e impostos, nomeadamente na atual conjuntura nacional e europeia, objetivando a formação de uma consciência social contrária ao trabalho não declarado.

O trabalho digno em todos os locais de trabalho, enquanto conceito agregador de princípios fundamentais no trabalho e no emprego, constitui um dos eixos estratégicos da atividade inspetiva da ACT, no qual se salienta o seu contributo para a proteção de direitos e garantias, incluindo a universalidade de proteção social a todos os trabalhadores, o que justifica um especial enfoque na problemática do trabalho não declarado.

Assim, o combate ao trabalho não declarado e a promoção do emprego sustentado constituem objetivos prioritários que constam do Plano de Atividades da ACT, razão pela qual a ACT se propõe promover em 2014 uma Campanha Nacional contra o Trabalho não Declarado.

Com a Campanha pretende agregar-se vontades e sinergias com os parceiros sociais e institucionais, gerando um efeito multiplicador no combate a este fenómeno, potenciando exponencialmente na sociedade portuguesa a intenção comum em reduzir e combater o trabalho não declarado.

É objetivo da presente Campanha contribuir para a passagem de um número significativo de situações para o mercado de trabalho formal e regular, através de:

•ações de informação e sensibilização, em articulação com parceiros sociais e institucionais;

•identificação e intervenção sobre os fenómenos existentes por via da ação inspetiva pela ACT, em articulação com parceiros institucionais com competências inspetivas.

 
Consulte os materiais desta Campanha Aqui.

09 julho 2014

XX Congresso Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho - Fórum Global para a Prevenção


 

 

Promovido pela Organização Internacional do Trabalho, pela Associação  Internacional de Segurança Social e pela German Social Accident Insurance, o XX Congresso Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho - Fórum Global para a Prevenção terá lugar em Frankfurt, de 24 a 27 de agosto de 2014.

Com o tema “Partilhando uma Visão para a Prevenção”, o XX Congresso Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho - Fórum Global para a Prevenção tem como objetivos:

- A criação de um fórum para debate do conhecimento, práticas e informação entre os participantes com a finalidade de promover a Segurança e Saúde no Trabalho;

- Construir e reforçar redes e alianças, de forma a criar as bases para a cooperação e o fortalecimento das relações entre as partes interessadas, onde seja possível fornecer uma plataforma para o desenvolvimento do conhecimento, de ideias, de estratégias e práticas que possam ser imediatamente postas em prática no setor.

A Segurança e a saúde ocupacional tornaram-se uma tarefa de longo alcance em nosso mundo globalizado. As pessoas em todos os continentes sofrem com condições de trabalho perigosas e insalubres. A cada ano, mais de 2 milhões de pessoas morrem em acidentes de trabalho. Somente através de soluções sustentáveis​​, seremos capazes de prevenir os acidentes de trabalho, as doenças profissionais e os riscos para a saúde relacionados ao trabalho.

A Discussão e o debate – ação são os focos deste Congresso. Mais de 4.000 especialistas de todo o mundo vão discutir os mais recentes desenvolvimentos e tendências em matéria de SST.

Para ficar a saber mais sobre o XX Congresso Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho clique aqui.

04 julho 2014

Comissiones Obreras - SITE PARA REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES EM SST


Divulgamos, neste Blog, um Site que na nossa perspetiva é de extrema utilidade para a divulgação de conteúdos sobre prevenção de riscos profissionais e que tem como destinatários privilegiados os Representantes do Trabalhadores para a SST, algo que, lamentavelmente, não existe ainda no nosso país.


 

02 julho 2014


Objetivo era limpar placas de fibrocimento, que contêm amianto, para aplicar isolamento.


Um caso em que, incontestavelmente, o princípio da precaução não foi acautelado

Vários trabalhadores e doentes do IPO de Lisboa apareceram com sintomas de alergias, na sequência dos trabalhos de limpeza de amianto no Pavilhão de Medicina Física e Reabilitação. Algumas pessoas apresentaram queixa no Serviço de Saúde Ocupacional. As operações foram entretanto suspensas.

Pois que se procede à operação de limpeza de amianto num edifício, no caso um pavilhão do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa com trabalhadores e utentes lá dentro?

Não parece evidente que em todas as operações de limpeza de edifícios não deve haver circulação de pessoas? Ainda mais quando se trata de operações de limpeza de amianto…

Uma prática a Não Seguir, é o que temos a dizer…

 
Aceda à notícia Aqui.
 
 

Cálculo dos custos do stresse relacionado com o trabalho


Novo Relatório da EU-OSHA analisa os Custos do Stresse Relacionado com o Trabalho

 
O stresse relacionado com o trabalho é mais caro do que se possa pensar.

Não implica apenas custos para as organizações em resultado do absentismo e da redução da produtividade. Os indivíduos também suportam os custos dos problemas de saúde e da perda de qualidade de vida. Em última análise, são as economias nacionais e a sociedade que pagam o preço.

Um novo relatório da EU-OSHA analisa os custos do stresse relacionado com o trabalho e revela que, ao contrário do que geralmente se pensa, o custo de ignorar o stresse é muito superior ao custo de tentar resolver o problema.

Seguidamente apresentam-se alguns números:

Europa

Em 2002, a Comissão Europeia calculou os custos de estresse relacionado ao trabalho na UE-15 em € 20 bilhões por ano. Este valor foi baseado em numa pesquisa EU-OSHA (1999) que constatou que o custo total aos países da UE-15 de doença relacionada ao trabalho foi entre 185 € e 289 mil milhões por ano. utilização

Outras estimativas de outros pesquisadores (Davies e Teasdale, 1994; Levi e Lunde-Jensen, 1996) indicam que 10% das doenças relacionadas ao trabalho têm origem no stress relacionado, sendo a esta percentagem foi aplicada uma  estimativa do custo total de doenças relacionadas com o trabalho (200 € bilhões) para obter o número de de € 20 bilhões para o custo do estresse relacionado ao trabalho.

No projeto recente financiado pela EU (2013), o custo para a Europa de problemas de saúde no  trabalho relacionados com a depressão foi estimada em € 617.000.000.000 anualmente. O total  é  composto por custos para os empregadores resultantes do absenteísmo e presenteísmo (272.000.000.000 €), a perda de produtividade (€ 242.000.000.000), os custos dos cuidados com a saúde € 63000000000 e custos de assistência social, na forma de pagamentos de benefícios de incapacidade (39 € bilhões).

Lamentavelmente, temos que sublinhar, Portugal não surge apesentado no Relatório, visto que, parece-nos nós, ainda não conseguimos “dar o salto” para este tipo de abordagens inteligentes, o que só temos a lamentar.

Na ausência de dados nacionais, vamos deixar registada a situação relativamente ao nosso país vizinho…. a Espanha.

Espanha

Na Espanha, estimou-se que entre 11% e 27% de transtornos mentais pode ser atribuída a más condições de trabalho (UGT – es 2013). O custo de saúde diretamente relacionados aos  transtornos mentais e comportamentais atribuíveis ao trabalho foi estimado entre € 150 e € 372.000.000 em 2010. Isso representou 0,24% para 0,58% do total das despesas de saúde em Espanha nesse ano.

No caso de doenças relacionadas com o abuso de substâncias, o custo total era calculado em mais de € 35 milhões, sendo que os homens representavam quase 4/5  do total. O custo relacionados com a ansiedade e distúrbios, mais elevados para as mulheres, foi de quase € 15 milhões.

De acordo com o mesmo relatório, o número de dias de ausência por doença causada por doença mental temporária atribuível ao ambiente de trabalho era 2.780.000 em 2010, o que equivale a um custo de 170.960.000 €.

Além disso, calcula-se que das 17 979 mortes relacionadas com problemas de saúde mental (incluindo suicídio e auto-mutilação), em Espanha, em 2010, 312 pode ser atribuída às condições de trabalho. O cálculo dos anos de vida potencialmente perdida indicaram que o custo de mortalidade prematura que pode ser atribuído ao trabalho variou entre 63,9 € e 78.900.000 €.

O investigador Pastrana (2002) utilizou uma abordagem dedutiva para calcular o custo de mobbing (assédio) em Espanha, focando a deficiência como um resultado possível. Entre uma amostra de 6 500 casos de incapacidade temporária,  1,71% de foram atribuídas ao mobbing.

Consequentemente, através da aplicação dessa percentagem ao custo de incapacidade temporária em Espanha, os custos anuais estimados com o mobbing totalizaram € 52 milhões.

Outro estudo com foco em mobbing foi realizada por Carnero e Martinez (2006). Estes  autores primeiro calculado o custo do assédio moral no nível individual (dois custos médicos diferentes foram levados em consideração: consultas médicas e custos com medicamentos) e, em seguida, multiplicado este valor pelo número total de população ativa que podem ser afetados por assédio moral.

No Inquérito Nacional Espanhol às Condições de Trabalho (pesquisa de 2003) 263 de 5 236 (5,02%) entrevistados puderam ser identificados como vítimas mobbing.