05 novembro 2014

Novo relatório analisa a forma como os locais de trabalho estão a gerir o stresse


 



Um novo relatório, publicado no âmbito de uma Campanha Europeia denominada «Locais de trabalho saudáveis contribuem para a gestão do stresse», oferece uma panorâmica dos riscos psicossociais presentes nos locais de trabalho europeus e apresenta diversas opções a tomar tanto a nível político como a nível da empresa, ilustrando todas as situações com exemplos reais e estudos de casos.

Um quarto dos trabalhadores europeus afirma sentir sempre ou quase sempre stresse no trabalho e uma proporção idêntica afirma que o trabalho afeta negativamente a sua saúde.

Os riscos psicossociais — por exemplo, tarefas monótonas, volume de trabalho excessivo, prazos apertados, dificuldade em conciliar a vida profissional com a vida privada, violência e assédio por parte do público ou de colegas — contribuem para o stresse relacionado com o trabalho.

O relatório oferece uma panorâmica dos riscos psicossociais presentes nos locais de trabalho europeus e apresenta diversas opções a tomar tanto a nível político como a nível da empresa, ilustrando todas as situações com exemplos reais e estudos de casos.

O relatório analisa as medidas tomadas pelas empresas para combater os riscos psicossociais. Quase 80% dos gestores expressam uma forte preocupação sobre o stresse relacionado com o trabalho, e quase um em cada cinco considera a violência e o assédio como motivos de grande preocupação. Apesar dessas preocupações, menos de um terço dos postos de trabalho dispõem de procedimentos para lidar com esses riscos.

De acordo com o relatório, as intervenções tomadas ao nível da empresa para enfrentar os riscos psicossociais são mais bem sucedidas se forem acompanhadas pela participação ativa dos trabalhadores.

Não existe, até o momento, nenhuma legislação específica na UE para lidar com a prevenção dos riscos psicossociais. Os parceiros sociais europeus no entanto, ao longo da última década, aprovaram dois acordos-quadro nesta área. O primeiro sobre o stresse relacionado com o trabalho e o segundo sobre o assédio e violência no local de trabalho.

Este novo relatório sublinha o contributo dado por estes acordos para a implementação da prevenção de riscos psicossociais, mas também aponta suas limitações. Na maioria dos países da UE há acordos vinculativos que foram concluídos para implementar o acordo dos parceiros sociais.

Isto significa que "as políticas não são desenvolvidos na mesma medida em todos os países europeus, o que pode ser explicado pelas diferentes tradições de diálogo social e de diferentes abordagens governamentais, muitas vezes relacionados com a importância que os países conferem aos riscos psicossociais."

O relatório também destacou o impacto da crise sobre a prevenção de riscos psicossociais no local de trabalho. "Recentemente, o aumento da pressão de trabalho e violência e assédio foram relatados em alguns países, o que está associado a alterações no local de trabalho provocada pela crise económica", afirmam os autores do relatório.

A leitura deste relatório é fundamental para os decisores políticos, para os profissionais da saúde e da segurança no trabalho, bem como para os representantes das entidades patronais e dos trabalhadores.

 


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