Divulgamos,
neste Blog, um Site que na nossa perspetiva é de extrema utilidade para a
divulgação de conteúdos sobre prevenção de riscos profissionais e que tem como
destinatários privilegiados os Representantes do Trabalhadores para a SST, algo
que, lamentavelmente, não existe ainda no nosso país.
04 julho 2014
02 julho 2014
Objetivo era limpar placas de
fibrocimento, que contêm amianto, para aplicar isolamento.
Um
caso em que, incontestavelmente, o princípio da precaução não foi acautelado
Vários
trabalhadores e doentes do IPO de Lisboa apareceram com sintomas de alergias,
na sequência dos trabalhos de limpeza de amianto no Pavilhão de Medicina Física
e Reabilitação. Algumas pessoas apresentaram queixa no Serviço de Saúde
Ocupacional. As operações foram entretanto suspensas.
Pois que se
procede à operação de limpeza de amianto num edifício, no caso um pavilhão do
Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa com trabalhadores e utentes lá
dentro?
Não parece
evidente que em todas as operações de limpeza de edifícios não deve haver
circulação de pessoas? Ainda mais quando se trata de operações de limpeza de
amianto…
Uma prática a Não Seguir, é o que
temos a dizer…
Aceda à notícia Aqui.
Cálculo dos custos do stresse relacionado com o trabalho
Novo Relatório da EU-OSHA analisa os Custos
do Stresse Relacionado com o Trabalho
O stresse relacionado com o trabalho é mais
caro do que se possa pensar.
Não implica apenas custos para as
organizações em resultado do absentismo e da redução da produtividade. Os
indivíduos também suportam os custos dos problemas de saúde e da perda de
qualidade de vida. Em última análise, são as economias nacionais e a sociedade
que pagam o preço.
Um novo relatório da EU-OSHA analisa os
custos do stresse relacionado com o trabalho e revela que, ao contrário do que geralmente se pensa, o custo de ignorar
o stresse é muito superior ao custo de tentar resolver o problema.
Seguidamente apresentam-se alguns
números:
Europa
Em 2002, a Comissão Europeia calculou os
custos de estresse relacionado ao trabalho na UE-15 em € 20 bilhões por ano.
Este valor foi baseado em numa pesquisa EU-OSHA (1999) que constatou que o
custo total aos países da UE-15 de doença relacionada ao trabalho foi entre 185
€ e 289 mil milhões por ano. utilização
Outras estimativas de outros pesquisadores
(Davies e Teasdale, 1994; Levi e Lunde-Jensen, 1996) indicam que 10% das doenças
relacionadas ao trabalho têm origem no stress relacionado, sendo a esta
percentagem foi aplicada uma estimativa
do custo total de doenças relacionadas com o trabalho (200 € bilhões) para
obter o número de de € 20 bilhões para o custo do estresse relacionado ao trabalho.
No projeto recente financiado pela EU (2013),
o custo para a Europa de problemas de saúde no trabalho relacionados com a depressão foi
estimada em € 617.000.000.000 anualmente. O total é
composto por custos para os empregadores resultantes do absenteísmo e
presenteísmo (272.000.000.000 €), a perda de produtividade (€ 242.000.000.000),
os custos dos cuidados com a saúde € 63000000000 e custos de assistência
social, na forma de pagamentos de benefícios de incapacidade (39 € bilhões).
Lamentavelmente,
temos que sublinhar, Portugal não surge apesentado no Relatório, visto que,
parece-nos nós, ainda não conseguimos “dar o salto” para este tipo de
abordagens inteligentes, o que só temos a lamentar.
Na ausência
de dados nacionais, vamos deixar registada a situação relativamente ao nosso
país vizinho…. a Espanha.
Espanha
Na Espanha, estimou-se que entre 11% e 27% de
transtornos mentais pode ser atribuída a más condições de trabalho (UGT – es 2013).
O custo de saúde diretamente relacionados aos transtornos mentais e comportamentais atribuíveis
ao trabalho foi estimado entre € 150 e € 372.000.000 em 2010. Isso representou
0,24% para 0,58% do total das despesas de saúde em Espanha nesse ano.
No caso de doenças relacionadas com o abuso
de substâncias, o custo total era calculado em mais de € 35 milhões, sendo que os
homens representavam quase 4/5 do total.
O custo relacionados com a ansiedade e distúrbios, mais elevados para as
mulheres, foi de quase € 15 milhões.
De acordo com o mesmo relatório, o número de
dias de ausência por doença causada por doença mental temporária atribuível ao
ambiente de trabalho era 2.780.000 em 2010, o que equivale a um custo de
170.960.000 €.
Além disso, calcula-se que das 17 979 mortes
relacionadas com problemas de saúde mental (incluindo suicídio e
auto-mutilação), em Espanha, em 2010, 312 pode ser atribuída às condições de
trabalho. O cálculo dos anos de vida potencialmente perdida indicaram que o
custo de mortalidade prematura que pode ser atribuído ao trabalho variou entre
63,9 € e 78.900.000 €.
O investigador Pastrana (2002) utilizou uma
abordagem dedutiva para calcular o custo de mobbing (assédio) em Espanha,
focando a deficiência como um resultado possível. Entre uma amostra de 6 500
casos de incapacidade temporária, 1,71%
de foram atribuídas ao mobbing.
Consequentemente, através da aplicação dessa
percentagem ao custo de incapacidade temporária em Espanha, os custos anuais
estimados com o mobbing totalizaram € 52 milhões.
Outro estudo com foco em mobbing foi
realizada por Carnero e Martinez (2006). Estes autores primeiro calculado o custo do assédio
moral no nível individual (dois custos médicos diferentes foram levados em
consideração: consultas médicas e custos com medicamentos) e, em seguida,
multiplicado este valor pelo número total de população ativa que podem ser
afetados por assédio moral.
No Inquérito Nacional Espanhol às Condições
de Trabalho (pesquisa de 2003) 263 de 5 236 (5,02%) entrevistados puderam ser
identificados como vítimas mobbing.
Campanha Europeia Contra Quedas ao Mesmo Nível
OS ACIDENTES DEVIDO A QUEDAS NÃO ACONTECEM SÓ
EM ALTURA!
A ACT aderiu recentemente
e vai dinamizar, em Portugal, uma Campanha Europeia que visa diminuir acidentes
de trabalho relacionados com quedas ao mesmo nível nos locais de trabalho.
Diminuir os
acidentes relacionados com quedas ao mesmo nível nos locais de trabalho é o
principal objetivo desta Campanha promovida pelas inspeções do trabalho
europeias (Comité dos Altos Responsáveis das Inspeções do Trabalho - CARIT).
Durante o
ano de 2014 a ACT realizará visitas inspetivas aos locais de trabalho em todo o
território continental promovendo a implementação dos processos de avaliação de
riscos, bem como a regularização de situações irregulares detetadas e
relacionadas com as quedas ao mesmo nível.
Serão também
promovidas pelos serviços da ACT e pelos Parceiros Sociais ações de informação
e sensibilização sobre aquela temática em empresas, escolas e centros de
formação profissional.
No âmbito
desta iniciativa a ACT desenvolveu um conjunto de instrumentos de informação,
nomeadamente folhetos de divulgação e autodiagnósticos para os empregadores e
trabalhadores.
Porquê uma
Campanha sobre Quedas ao Mesmo Nível?
Segundo
dados do Eurostat, as quedas ao mesmo nível representaram em relação ao total
dos acidentes de trabalho que deram origem a mais de 3 dias de ausência:
- cerca de
14% em 2005;
- cerca de
15% em 2010.
SABIA QUE:
•19% dos
acidentes de trabalho graves que ocorreram em Portugal em 2013 tiveram na sua
origem um tropeção ou um escorregão;
•Os
tropeções e escorregões foram responsáveis por 5% dos acidentes de trabalho
mortais em 2013;
•36% dos
acidentes com quedas ao mesmo nível ocorreram na construção civil;
•19% destes
acidentes aconteceram em indústrias transformadoras e 10% no comércio;
•Estes
acidentes apresentam elevados custos humanos e económicos.
Fonte: ACT
Aceda aos materiais da Campanha
Aceda ao Documento Enquadrador da Campanha
01 julho 2014
Quercus propõe Estratégia para o Amianto
Ainda em “modo Amianto” fica mais um registo, embora não
atual, sobre a matéria.
Esta associação ambientalista de reconhecido mérito em
Portugal, propôs recentemente ao Governo, uma estratégia para o amianto dos
edifícios públicos. A estratégia baseia-se num plano de intervenção
para diagnosticar a presença de amianto e definir ações de
monitorização e intervenção.
A Quercus indica a Autoridade para as Condições de
Trabalho (ACT) como entidade coordenadora deste projeto.
Uma
questão colocamos nós: Nos casos em que já sabemos que existe amianto,
porque é que não se atua?
Ou será que não interessa muito. Se as pessoas que inalassem amianto, caíssem no imediato
para o lado, já tal se tinha resolvido. O problema é que os efeitos acontecem muitos
anos depois. Pois que vamos continuar a esperar…..
Amianto: Assassino silencioso?
Dedicamos
este Post a uma problemática
bastante atual - o
amianto
- um tema que tem registado uma significativa
visibilidade pública,
pela contestação e
sinalização de
edifícios
públicos
com amianto, como o caso registado no anterior Post.
Mas o que é o amianto? No que consiste? Quais os
riscos da exposição
para a saúde?
A ACT publicou recentemente um conjunto
de Perguntas e Respostas, as quais não podemos deixar de sublinhar como
extremamente úteis,
ainda mais, quando esta entidade pública é a responsável pela divulgação de conhecimentos sobre os riscos
profissionais e, portanto devidamente enquadrado na sua missão.
Julgamos, no entanto, que este dossier
temático
só
peca num aspeto: por ter chegado no “adiantado da hora”, de qualquer forma aqui está.
Esperamos, ainda, que a nova Estratégia Nacional SST para o período de 2014 – 2020 e que faz parte do Plano de Ação da ACT para 2014 preveja medidas
direcionadas para esta temática.
Aceda ao
Dossier Temático Amianto Aqui.
Mais um caso de suspeita de morte relacionada com a exposição ao amianto
Os trabalhadores do Departamento de Jogos da Santa
Casa da Misericórdia de Lisboa associam os cerca de 20 casos oncológicos
detetados com a presença de amianto numa sala desativada em 2001.
Em
comunicado, o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
esclareceu que “lamenta a morte dos seus funcionários desconhecendo formalmente
se as mesmas tiveram origem oncológica, acrescendo ainda que, até ao momento,
não existe nenhum registo ou comunicação de doença profissional relativa a
nenhum trabalhador”.
Consulte
a notícia na íntegra Aqui.
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